Sobre nós

O açude da Concórdia foi construído por volta de 1890, nos áureos tempos do Barão de Santa Mônica, na fazenda de mesmo nome. Encontra-se a sudoeste da cidade de Valença, no Estado do Rio de Janeiro e está situado na Serra da Concórdia, entre os vales dos rios Preto e Paraíba do Sul. Sua profundidade máxima é de 14 metros, e a mínima de 6 metros, sendo que seu contorno, inteiramente irregular, é de cerca de 4 km. Vários mananciais das vertentes alimentam-no e a estabilidade da represa está firmada pelo tempo. Abaixo da barragem nasce o ribeirão Quirino, que percorre o distrito de Barão de Juparanã. Juntando-se a ele, vários pequenos córregos formam o impropriamente chamado Rio Quirino, cujo volume d’água, em plena seca, dava para mover a antiga Usina Fluminense, produzindo a força apreciável de 400 HP, com uma queda de 125 metros num percurso de cerca de 1 km. Daí por diante o Quirino desliza mais ou menos plano através das terras da fazenda do Paraíso e se dirige ao rio Paraíba do Sul, completando um percurso, desde sua nascente de aproximadamente 5 a 6 léguas.   

Em 1929 o engenheiro militar valenciano, Sr. José Vicente de Araújo e Silva em relatório ao Diretor de Obras Públicas do Estado do Rio, apresenta minucioso estudo de abastecimento de água e esgotos, acompanhado de projetos das novas instalações, que, por ordem do governador Manuel Duarte, viria dotar a cidade de Valença. Estuda o açude da Concórdia, analisa suas águas no Laboratório Nacional de Análises que atesta sua potabilidade e constata uma vazão de água de 4.501.400 litros em 24 horas.

Em 11 de dezembro de 1930, o governo do Estado do Rio de Janeiro desapropria a área do açude do espólio dos finados Augusto José de Souza e sua esposa Francisca Bretas de Souza da fazenda Laguinha, outrora Concórdia e, posteriormente cede ao Município, que o mantém e o administra até os dias atuais.

Por volta de 1950, toda água fornecida pelo açude, nas 24 horas, passa a ser consumida pela população, tornando-se insuficiente para o abastecimento do município, devido à má captação, por ocasião das secas. Medidas especiais são estudadas pelo então governo municipal, no sentido de adquirir todas as suas vertentes, fato que não veio a se concretizar.

O açude apresenta águas límpidas e transparentes, tendo sido utilizado no passado, por muitos anos para o abastecimento de água da cidade de Valença, atualmente abastece um bairro próximo, conhecido por São Francisco. 

 Com a promulgação em 5 de abril de 1990 da Lei Orgânica do Município, em seu artigo 180, o açude da Concórdia passa a ser reconhecido oficialmente como Área de Preservação Permanente - APP , ou seja, de relevante interesse ecológico, devido sua importância histórica, ambiental e paisagística.

De acordo com Caldas (2006), a Serra da Concordia, que faz parte do domínio da Mata Atlântica, suporta diferentes formas de ocupação e manejo de seus recursos naturais, constituindo-se num ambiente de grande interesse para estudos ambientais.

No ano de 2000, estudos preliminares são efetuados em parceria com o Instituto Estadual de Florestas do Rio de Janeiro, que demonstra a viabilidade técnica da proposta de criação de uma Unidade de Conservação e através do DECRETO MUNICIPAL nº 65, de 12 de setembro de 2001, é criado o Parque Natural Municipal do Açude da Concórdia.

De sua criação até a data de 01/02/2013 o Parque foi administrado pela ONG AMA – MÉDIO PARAÍBA e a partir desta data o Parque está sobre administração direta da Prefeitura Municipal de Valença através da Secretaria Municipal de Agricultura Pesca Pecuária e Meio Ambiente.

História do projeto

Nessa seção você pode descrever a história do seu projeto e as razões que levaram à sua criação. É conveniente mencionar os marcos e as pessoas importantes que dele participam.